sábado, 30 de janeiro de 2016

Presidente da CNI

Conferindo preços no varejo
Enviado por Nairo Alméri - sáb, 30.01.2016 | às 15h25 - modificado em 30/09/2021

Depois de uma semana agitada, em Brasília, por discussões em busca de saídas para o país da atual recessão econômica, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, conferia, neste sábado, os preços na ponta da cadeia da economia. Por volta das 12h, o capitão da indústria brasileira retirava produtos de gondolas de uma rede de farmácias, na Zona Sul de Belo Horizonte. Para figurar como um consumidor comum, faltou a fila no caixa. Operadoras de caixa do varejo sem congestionamento é outro indicador de economia em crise.

sexta-feira, 29 de janeiro de 2016

Competitividade desigual

Brasil e os desenvolvidos

Enviado por Nairo Alméri - sex, 29.01.2016 | às 9h34
O laboratório de biodefensivos Farroupilha, de Patos de Minas (MG), tem em seus quadros dois (02) doutores. Isso é menos de 2% dos 110 funcionários que emprega. O laboratório Lallemand, do Canadá e que assumiu o controle da indústria mineira, só em doutores tem mais gente: 142 doutores, ou seja, 5% do quadro total de 2.900.

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Conselhão e chibatadas

Enviado por Nairo Alméri - ter 26/01/2016 |às 23h11 - modificado em 20/06/2023
Façam uma pesquisa para o comportamento de representantes do empresariado que aceitaram o convite para sentar no chamado "Conselhão" em relação aos governos do PT. Vejam desde a criação do tal Conselho por Lula (2003-2010). Constatação: 80% a 85% criticavam sempre a política econômica, como um todo. Mas!... Mas!... Ao redor de 100% desses não renunciaram, nunca, aos convites do chefe do Planalto para figurar em mais uma foto no auditório palaciano, e aplaudir anúncios de novos planos furados. Na quinta-feira (28), em voos decolados de todos os costados brasileiros, eles descerão obedientes, em Brasília. Parecem eternamente carentes das chibatadas do Poder.

Retaliações do BNDES, BB, ...

Alguns, por detrás das cortinas, comentam que os gazeteiros no "Conselhão" são marcados pelo BNDES, BB, CEF e o PT. A "marcação" se traduz em retaliação nas solicitações dos pedidos de financiamentos, ou, então, com a presença da Receita Federal na portaria principal das empresas.

Chamem "Os Trapalhões"
Mas, desta vez, Tia Dilma preparou uma atração: sessão para tietagem com um contratado da Central Globo de Novelas, o Wagner Moura. Se colocar ator da TV Globo dentro do Planalto, ela acredita, resolverá as mazelas criadas pelo PT nesta quase uma década e meia. Chamem também Didi Mocó e companhia. Do quarteto dos "Trapalhões", dois estão vivos. Então, pela lógica da Dilma, seria a garantia de solução para 50% dos problemas criados por ela e seu padrinho antecessor, o Lula (aliás, que nunca saiu, de fato, do Planalto!).



quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

C&T – leia antes Mario Neto Borges

Enviado por Nairo Alméri – qui, 21/01/2016 | às 23h19

Vetos à tecnologia
O Brasil vai bem na ciência, tendo alcançado a 13ª posição mundial na produção científica indexada, mas vai mal na inovação

Mario Neto Borges
Professor, consultor do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e ex-presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig)
Publicação: 21/01/2016 04:00

O governo federal vem apresentando propostas para a área da ciência, tecnologia e inovação (CT&I) com o lançamento de documentos que mudam de nome a cada gestão. Plano de Ação em CT&I (Pacti), Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (Encti) e Plataformas do Conhecimento, para ficar só nos últimos exemplos. No entanto, todos os planos nessa área, quaisquer que sejam, só têm sucesso caso dois insumos sejam garantidos: recursos perenes e arcabouço legal adequado.

Os diversos planos têm proposto incluir o tema como eixo estruturante do desenvolvimento do país apresentando diretrizes, definindo ações e estabelecendo os eixos de sustentação e as prioridades para o período de sua vigência. No entanto, têm falhado no aporte dos investimentos, que deveriam ser da ordem de 2% do PIB, anualmente. Vale lembrar que as potências mundiais investem recursos da ordem de 3%. Os recursos nacionais não têm conseguido ultrapassar 1,2% do PIB nos últimos anos. Isso se deve a duas razões. De um lado, os recursos públicos deveriam ser, no mínimo, o dobro do que tem sido investido. Por outro lado, o setor privado/empresarial também não tem investido o necessário, que deveria ser equivalente ou maior do que o investimento do setor público.

É importante lembrar que o arcabouço legal brasileiro para CT&I tem sido, até aqui, um grande obstáculo para a execução das atividades de pesquisa e inovação. Um desestímulo para as indústrias. Mesmo que o recurso exista, a legislação vigente dificulta e, algumas vezes, impede a execução dos projetos. Proposta para solução dessa questão surgiu em 2011, numa iniciativa do Conselho Nacional das Fundações Estaduais de Amparo à Pesquisa (Confap) e do Conselho Nacional de Secretários para Assuntos de Ciência, Tecnologia e Inovação (Consecti), em reunião conjunta em Belo Horizonte, por ocasião do jubileu de prata da Fapemig. O documento, denominado Código Nacional de CT&I, foi produzido por um grupo de procuradores e deu entrada na Câmara Federal com a adesão de várias entidades, na forma do Projeto de Lei 2.177/11.

Decorridos quase cinco anos de luta, dever-se-ia comemorar a sanção do código (PLC 77/2015) ocorrida no dia 11 de janeiro, que se transformou na Lei 13.243/2015. Entretanto, a presidente da República optou por, ouvindo os ministérios do Planejamento e da Fazenda, vetar oito itens do texto encaminhado para sanção pelo Congresso Nacional. Vale destacar que – de forma excepcional na história do Congresso Nacional – o projeto foi aprovado por unanimidade tanto na Câmara como no Senado Federal. É importante enfatizar que as aprovações ocorreram após vários anos de discussões com efetiva participação da sociedade em diversas audiências públicas. Some-se a isso o fato de que 20 entidades acadêmicas, de ciência, de tecnologia e empresariais enviaram um ofício à presidente, solicitando a sanção sem vetos – documento que não foi considerado.

Tem sido dito à exaustão que o Brasil vai bem na ciência, já tendo alcançado a 13º posição mundial de produção científica indexada, mas vai mal na inovação, onde amarga a 68º posição. Isso significa que o país faz pesquisa de alto nível e com qualidade internacional, mas não consegue transformar o conhecimento gerado em riqueza e desenvolvimento para a sociedade. O código tem o objetivo de superar esses obstáculos, incentivando a inovação. Porém, os vetos, de natureza puramente burocrática, descaracterizam o texto original, dificultando ou impedindo o alcance desse objetivo.

Dessa forma, urge que a sociedade brasileira se articule com o Congresso Nacional visando a derrubada dos vetos que – se concretizada – vai garantir que o código possa trazer as condições necessárias para, a médio e longo prazos, garantir a competividade dos produtos nacionais, gerando riqueza e desenvolvimento sustentável para o país.
Fonte: “ESTADO DE MINAS”

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Máquinas agrícolas na Itália


País vai retirar de operação tratores obsoletos 

Enviado por Nairo Alméri - ter, 19.01.2016 | às 23h19
A Federação Nacional dos Fabricantes de Máquinas Agrícolas da Itália (FederUnacoma) informa que as vendas dispararam em novembro e dezembro, revertendo a tendência negativa, até então. Com base nos registros de tratores e máquinas agrícolas que exigem emplacamentos – dados do Ministério dos Transportes –, 2015 foi encerrado com 18.420 unidades, ligeiro aumento de 1,4% sobre 2014. A nota da FederUnacoma destaca que as vendas de novembro cresceram 37% e, em dezembro, 50,9%. E que o mercado das colheitadeiras exibiu recuperação.

Incentivos da UE
A reversão de tendência pegou carona nas medias de “apoio” do Programa de Desenvolvimento Rural da União Europeia (UE), o RDP. O programa deverá manter reflexos positivos em 2016, via incentivos. 

Inventário
O RDP influenciará nos inventários de “renovação de máquinas mais antigas” na frota agrícola. Esse inventário determinará a retirada de operação de máquinas obsoletas, de baixa produtividade.

Sobratema exagerou nos PACs

Timidez para mudar relações com Governo

Enviado por Nairo Alméri – ter, 19.01.2016 | às 0h27 - modificado em 20.01.2016, às 8h27
Entidade que congrega empresas de revenda (dealer), fabricantes, locadoras de máquinas pesadas para mineração e construção, as maiores empreiteiras e importadores de equipamentos pesados, a Sobratema - Associação Brasileira de Tecnologia para Construção e Mineração, é uma fonte segura na economia do país para se aferir a relação direta dos impactos dos contratos oficiais para infraestrutura. Quando o Governo anuncia megaplanos e libera (liberava) algum recurso, as empresas dos setores filiados à entidade alcançam performance chinesa. Quando esses expedientes oficiais desaparecem, elas criam cemitérios de máquinas por todo o país. Os PACs – Planos de Aceleração do Crescimento - e seus derivativos levaram essas empresas do pesadelo ao paraíso. Mas, também, nos últimos tempos, mostraram o caminho de volta. Até três anos atrás, quem desejasse conhecer, em nanodetalhes, os trilhões de reais (publicados nas páginas do Diário Oficial da União e boletins do BNDES, BB, Caixa etc.) dos contratos dos PACs (concluídos, em andamento, assinados, iniciados e anunciados por regiões do país etc.), a Sobratema era fonte quase imbatível – até em embates com o Planalto e Congresso Nacional.

Mudança
Mas, com os apagões dos PACs e cenário atual, a Sobratema dá sinais de tentativas da busca de algum ensinamento e saída para um descolamento. Parece buscar alforria contra ilusórios planos de forte apelo político- eleitoreiro, que não se sustentaram e que, por tabela, se revelaram fertilizantes para escândalos bilionários como os pinçados nas investigações da Operação Lava Jato, pela Polícia Federal e o Ministério Público Federal, com destaque os praticados contra os cofres de empresas do Grupo Petrobras. As histórias que emergem da operação são bem conhecidas. Mas parece não terem um fim, pois, a cada semana, exibem capítulos novos para personagens velhos – alguns em cena desde a república dos pós-ditadura militar (período de 1º de abril de 1964 a 15 de março de 1985). De tantas andanças como ‘dama de honra’ de políticos empresários e assessores em geral suspeitos, investigados e condenados, o ‘japa’ da PF deve ter trocado de pares de botinas umas oito vezes, nos últimos doze meses.

Tecnologia
Diferente do período dos ‘anos dourados’ dos PACs, a Sobratema agora abandona as estatísticas oficiais. A entidade põe em pauta “tecnologias e conceitos de equipamentos para compactação”.  Esse o tema do agendado para 6 de abril, em São Paulo. Num olhar para o comportamento das novidades que chegaram da Ásia no período 2010-15, o “Estudo Sobratema do Mercado Brasileiro de Equipamentos para Construção” as marcas do outro lado do mundo impulsionando a comercialização média anual para 1,8 mil compactadores novos, enquanto 2007 registrara 446 unidades -  pouco mais de um quarto. É por aí que se desenrolará o Sobratema Workshop 2016, cujo tema central, informa nota assessoria de imprensa da entidade, será “Compactação – Tecnologias e Conceitos”.   

Sustentabilidade
O vice-presidente da Sobratema, Paulo Oscar Auler Neto, na mesma nota, lança a seguinte leitura para o evento: “Nosso objetivo é prover conhecimento técnico e mercadológico para engenheiros, profissionais, técnicos e especialistas de construtoras e locadores e contribuir para a aplicação assertiva dos equipamentos de acordo com as características de cada obra, a fim de obter mais produtividade, qualidade, segurança e sustentabilidade”.

Sem crise!
Pelo anunciado do vice, a Sobratema não abrirá espaços para as mazelas nacionais e suas consequências: recessão econômica (que derruba até a tecnologia asiática), desemprego em massa, crise de governança e falta de ética no trato com o dinheiro público (com peso para os tributos), governabilidade política no limbo etc. É o Brasil de sempre: cada setor econômico constrói sua bolha – seu casulo –, para não ver ao redor. Mas como nada é definitivo e falta algum tempo, vale conferir!