sexta-feira, 14 de junho de 2013

País do futebol e da ...

Enviado por Nairo Alméri – sext, 14.6.2013|às 13h37
Índios não entregam terras que um dia lhes pertenceram, e estão invadidas por agropecuaristas. Ruralistas bloqueiam estradas contra demarcação daquilo que sempre foi dos índios. Manifestantes quebram tudo e causam prejuízos de milhões de reais, enquanto Governos (estaduais e municipais) não cedem em R$ 0,10 e R$ 0,20. Os donos das frotas de ônibus, colaboradores vitalícios (e de primeira hora) com os caixas das eleições para prefeitos e vereadores, ficam na moita (calados), pois sabem que dois a dez ônibus quebrados hoje são repostos com duas semanas de receita. Em Brasília, a 24 horas da festa de inauguração da Copa das Confederações, cidadãos se dão conta de que o valor gasto na reconstrução do Estádio Mané Garrincha, mais R$ 1,2 bilhão (obra mais cara entre todos os estádios construídos para a Copa de 2014 e reconstruídos), resolveria muitos problemas sociais e básicos do Distrito Federal: transporte, saúde, educação, segurança, saneamento, moradia etc. Enquanto isso, em Minas Gerais, a Justiça decreta regime de exceção: está proibido o direito democrático de protestar enquanto a bola rolar por conta da Copa das Confederações, porque assim deseja o Governo do Estado. Depois, em jogos do América Mineiro, pode!

Pergunta que não quer calar: O que virá depois, se o país assistir a mais uma noite de violência pelas ruas de São Paulo, e, mesmo assim, prefeito e governador continuarem no discurso da tarifa majorada abaixo da inflação, e a presidente da República como mera expectadora? 

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