quarta-feira, 22 de maio de 2013

É para os bancos


Enviado por Nairo Alméri – ter, 22.5.2013 | às 14h59 - modificada data às 15h15
Os bancos continuam dando as cartas na política econômica do Governo. E até encontram, no setor produtivo, quem reclame por eles quando a alavancagem “frustra”, mesmo em períodos de crises globais, como o atual. Isso foi parara no balanço patrimonial consolidado da WLM Indústria e Comércio S/A, uma holding do Rio, com negócios nas vendas de ônibus e caminhões (Rio, São Paulo, Minas, Pará e Amapá), de um lado, e agropecuária (bovinocultura de corte e leite, respectivamente, em São Paulo e Minas; e, cafeicultura, em Minas), do outro. Em 2012, a empresa teve perdas de 13,5% na receita líquida (queda no comércio automotivo) e de 9,4% no lucro líquido comparadas com as demonstrações de 2011. Com ações do capital social listadas na BM&FBovespa, a diretoria da WLM, na abertura do relatório aos acionistas, deu recibo de que a política do Governo continua sendo voltada para os bancos: “No cenário interno, a economia brasileira frustrou as expectativas do mercado financeiro ao apresentar fraco desempenho ao longo do ano, face às projeções iniciais do governo de crescimento entre 3% e 4%” (sic).
   
 
Elektro
Os acionistas da Elektro Eletricidade e Serviços S/A limitaram atos de compra e alienação (e oneração) de ativos fixos diretos pela Diretoria executiva em R$ 5 milhões e R$ 2 milhões, respectivamente.

Bomba na BR-381
Na sexta-feira (17), por volta das 17h, trafegou pela Rodovia Fernão Dias (BR-381), entre Betim e Contagem, em Minas, o cavalo mecânico Volvo, placa ILP-8222, Belo Horizonte. Tracionava a carreta placa MPJ-9912, de Cariacica (ES). Embaixo da carroceria da carreta, junto ao para-choque, estavam instalados três “tanques” plásticos de combustível. Em caso de acidente, com batida pela traseira, dependendo do impacto e da situação, a tragédia estará servida.
   
Bolsa Família/CEF

Se o Departamento de Polícia Federal (DPF), vinculado ao Ministério da Justiça, for investigar e apontar responsabilidades na origem do tal “boato” do fim do Bolsa Família, semana passada, deverá buscar pelas diversas hipóteses. Inclusive políticas – no campo dos interesses nos dois lados do jogo. A área de inteligência do DPF não deverá descartar, claro, o que foi declarado e, até mesmo, escrito em twitter por quem ocupa cargos com status de ministro de Estado. Também merece investigações atos diretos e/ou via terceirizados pelo banco que administra o Bolsa Família, a Caixa Econômica Federal (CEF).

O telemarketing
A CEF recebe do Tesouro Nacional massas polpudas de milhões de reais, a cada calendário dos pagamentos do "bolsa", que ficam nos depósitos à vista. Esse dinheiro não fica parado, pois a instituição (100% pertencente à União), virou banco comercial amplo. Concorre com o BB e bancões da iniciativa privada. E esse dinheiro de dois, três, quatro ou 20 dias à vista, tem que ser oferecido no mercado, em linhas que remunerem a CEF. Para se dar bem nessa corrida, essa instituição pública se vale do call center (telemarketing), que não é operado por funcionários do banco.

“Consultora de Negócios”
Na segunda-feira (20), uma pessoa desse serviço ligou para um ex-cliente da CEF. Pediu para falar com o titular da linha e o identificou pelo nome completo. Disse ser “consultora de negócios da Caixa”. O cidadão pediu a ela que falasse seu nome completo, com o que não concordou. Foi questionada se era funcionária da CEF e se, como “consultora de negócios”, assinava documentos da instituição. As respostas foram que “não”. A pessoa procurada quis saber então oque autoridade ela tinha como “consultora de negócios” que não era funcionária da Caixa. Foi aí que ela disse o que deveria ter dito de início: “eu trabalho na Central de Negócios”. A moça se negou a fornecer o telefone de onde falava pela “Central de Negócios”. Isso foi às 12h03.

Persistência
Às 17h13, outra ligação da Caixa. Desta vez, a moça ouviu de início a pergunta se era da “Central de Negócios” e se poderia passar o telefone. A resposta foi “sim” e informou um contato 0800. Os telefonemas da CEF estão tão frequentes e impertinentes quanto os dos serviços de call center de varejo e das operadoras de telefonia e tv a cabo. E é a mesma bagunça do varejo popular: não se deleta números chamados!

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