sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Aviso aos navegantes financeiros globais

30/11/2012
Os brasileiros que costumam guardar (esconder) dinheiro nos paraísos fiscais (offshore), onde é possível manter sigilo bancário, precisam ficar atentos ao balanço mostrado pelo site português “Expresso”. Com base em números do Fundo Monetário Internacional (FMI), houve queda de 43,5% no dinheiro depositado nas Ilhas Cayman (território britânico ao Sul de Cuba, no Caribe) com origem em Portugal: de € 12,2 milhões, em 2010, para € 6,9 milhões, em 2011.
Transpetro
Mudanças entre os diretores da Transpetro, empresa de logística da Petrobras (frota de navios e dutos) serão anunciadas antes de janeiro.
BDMG
O banco de fomento do governo de Minas Gerais espera aprovação do Banco Central para ter mais flexibilidade e agressividade na carteira de exportação e importação. Quer o dinamismo de um eximbank. No passado, o banco abriu operações com a Export Development Canadá – EDC e o Eximbank, dos Estados Unidos. Eram linhas dedicadas de importação de produtos daqueles países.
BRDE
Controlado dos governos do RS, SC e PR, o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE) terá aporte de capital de R$ 685 milhões, via recursos do Proinvest (linha de financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES - National Bank for Economic and Social Development). O atual capital social do banco é de R$ 85 milhões.
IPC no sapateiro (1)
Um cidadão entrou em uma loja de rede de lavanderia que aceita encomendas para conserto de sapato, na Zona Sul de Belo Horizonte. Quis saber quanto custava a substituição de salto. A informação terminava com um convincente “acho que não compensa”. Valor: R$ 72, cada. Ou seja, R$ 144, o par. O candidato a freguês olhou, com dó, para o velho e bom CNS (de couro) e desistiu. Em 2004, revelou, o par lhe custara menos de R$ 60, dentro de um shopping.
IPC no sapateiro (2)
Moral da história: nem todo conserto compensa nas oficinas incentivadas pelo Sebrae.
Mexichem
Teve um equívoco em nota publicada dia 25. O investimento de R$ 114 milhões da Mexichem do Brasil refere-se a 2012, não 2013.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Anfavea e o IPI

 
29/11/2012
A presidente Dilma Rousseff quer acertar os ponteiros com as montadoras de automóveis. Dirá à Anfavea que a política de reduções sequenciais do IPI precisa ter um fim. E logo. A Receita Federal conta uma renúncia fiscal, nessa prática, acima de R$ 11 bilhões, acumulada desde o 2º governo Lula, a partir de 2007. No momento, vigora a redução iniciada em maio e que terminará em 30 de dezembro.
Contrapartida
Quando decidiu pela prorrogação da atual isenção do IPI, no mês passado, a presidente Dilma recebeu um pires vazio dos prefeitos, que pediam R$ 2,4 bilhões em compensações (incluindo reduções na linha branca e imposto da bomba de gasolina).
Itaú (1)
A propósito da nota de quarta (28) (“BMG”), o Itaú Unibanco Holding programou a conclusão da compra de 100% dos acionistas minoritários da Redecard até o final do ano. No mês passado, o banco concluiu o cancelamento, via Comissão de valores Mobiliários (CVM), do registro de companhia aberta da Redecard.
Itaú (2)
Como de costume, o Itaú não demorou para fechar o ciclo da Redecard: comprou 298,9 milhões das suas ações ordinárias (leilão na BM&FBovespa), equivalentes a 44,4% do capital social. Pagou R$ 11,3 bilhões. Nesse passo, subiu a sua participação para 98%.
Mineirão
Três bancos privados brigam pela melhor posição nos pontos de autosserviços bancários do futuro novo estádio do Mineirão. São eles Itaú, Bradesco e Santander.
Pampulha
Semana que vem, técnicos da Infraero e Anac reunirão todos os estudos e propostas para a operação “ampliada” do Aeroporto da Pampulha nos próximos dois anos, em função das Copas das Confederações (2013) e do Mundo (2014). Há necessidade de reforma da pista.
Confins
Governo de Minas quer melhores estruturas para a Polícia Civil dentro do Aeroporto de Confins.
Uno
Fiat deve anunciar novidades sobre o modelo, o mais tardar, até fevereiro. As apostas são em dois sentidos: saída de linha e/ou uma terceira e última geração do Uno. Antes de terminar 2012, um capo da marca virá ao Brasil.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

BNDES no P&D rural

28/11/2012
O BNDES financiará o apoio técnico ao produtor rural na facilitação da obtenção do selo do Serviço de Inspeção Federal (SIF) para produtos de origem animal. O banco de fomento financiará pesquisas científicas relacionadas à pecuária (como aumento produtivo, aspecto sanitário e recuperação de pastagens) e seguro rural, objetivando a sustentação na melhoria da avaliação de riscos envolvidos e zoneamentos agrícolas. Um grupo de trabalho de técnicos do BNDES e do Ministério da Agricultura definirá os critérios dos estudos a serem realizados pela entidade (ou entidades) a ser contratada via edital de licitação.
Laticínio
As cooperativas de laticínios paraenses Castrolanda, de Castro, e a Batavo, de Carambeí, investirão R$ 80 milhões na instalação de uma unidade em Itapetininga (SP), que direcionará seus produtos para a região metropolitana da capital São Paulo. Esse mercado é estimado em 22 milhões de pessoas. O início da execução do projeto da nova UBL (unidade de beneficiamento de leite) depende das licenças ambientais. A Castrolanda bancará 60%.
Mercado
Em nota à imprensa do Paraná, as empresas estimaram o mercado do leite da Grande São Paulo em 6 milhões de litros/dia, bem acima da produção do Estado, de 1,5 milhão/dia.
Menos impostos
As cooperativas comemoram mais um passo na redução dos impostos que entregam aos cofres da Receita Federal. A Câmara dos Deputados aprovou a Medida Provisória (MP) Nº 575/2012 que trata da diminuição de alíquotas para vários setores, incluindo atividades de muitas cooperativas. Isso graças à inclusão de algumas emendas pela Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB).
Carnes e trigo
A MP 575 regulamenta os contratos de Parcerias Público-Privadas (PPPs), mas trata de outros temas. Mas a OCB conseguiu incluir benefícios às cadeias de carnes de ovinos, caprinos, bovinas; do trigo e insumos relativos a animais vivos para os setores de carnes de aves, suínos e bovinos.
BMG
Para o Itaú engolir o BMG será apenas uma questão de tempo.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

domingo, 25 de novembro de 2012

Tradição do Itaú

25/11/2012
Nas privatizações dos bancos estaduais, na década de 1990, o Itaú nunca preservou uma só bandeira conquistada. Foi assim com o Banerj, Bemge, Banestado etc. Agiu da mesma forma com as instituições privadas, com exceção ao BBA. Agora, o Itaú Unibanco faz parceria com o BMG, de Belo Horizonte, e cria o Itaú BMG Consignado. O negócio começa em R$ 1 bilhão, com a instituição mineira minoritária em 30%. Acertada em julho, a parceria teve aprovação do Cade na última semana de outubro. O Itaú se interessa, mesmo, é pela carteira de créditos consignados e a marca consolidadas pelo BMG.


Ontem (24), “O Estado de S.Paulo” noticiou que a família Pentagna Guimarães, fundadora e dona do BMG, sairá do comando. O experiente executivo Alcides Tápias (ex-presidente da Febraban e da Camargo Corrêa, ex-conselheiro influente no Bradesco e Itaú e ex-ministro de Desenvolvimento) irá para o comando do Conselho de Administração. Detalhe: Tápias foi advirse, pelo Itaú, na recente formação do Itaú BMG Consignado.

Mas, voltando à voragem do Itaú por outros, o seu tamanho, depois fusão com o Unibanco, criando o Itaú Unibanco, assusta. A Itaú Unibanco Holding acumulou lucros de R$ 10,1 bilhões, de janeiro a setembro; R$ 60 bilhões em produtos bancários; R$ 74,6 bilhões de patrimônio líquido dos acionistas; R$ 418,4 bilhões em operações de crédito, avais e fianças; e, R$ 878,8 bilhões em ativos. O BMG é bem mais modestos, conforme noticiou o “Estadão”: R$ 23 bilhões em ativos e R$ 27 bilhões na carteira de crédito.

(...) A tradição do Itaú não permite pensar em relações independentes, por muito tempo, com seus players no país. 

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Votos do Bolsa Família

Na corrida pelos votos de 2014, o Governo prepara um quinto (a contar o falido Ministério Fome Zero, criado por Lula, na posse em 2003) PAC no Bolsa Família. Será assunto da política do Planalto no day after ressaca do Ano Novo 2013. Porém, só em discussões, uma forma de mexer com o povão afetado, a presidente Dilma Rousseff quer gastar, no mínimo, um semestre de conversa fora no Congresso. O Bolsa Família será usado, claro, contra a pré-candidatura do senador Aécio Neves (PSDB-MG). E em benefício da reeleição de Dilma (PT). Anote aí: os petistas dirão que os antipetistas acabarão com o Bolsa Família. Dirão isso para assustar os beneficiados dessa esmola pública, que não exige o menor esforço do doador político (o dinheiro sai do Tesouro Nacional). O beneficiado também entrega suor: só precisa fazer mais filhos e mantê-los em regime de aprendizado zero nas escolas públicas e ficar na rede esperando o dia de ir no caixa retirar a grana. O PT faria excelente trabalho ao país se pensasse, de forma séria (não eleitoreira), na substituição do Bolsa Família por um programa de fomento econômico viável na faixa dos cidadãos em estado de miséria: criação de infraestrututra produtiva em escala econômica (não os artesanatos rotos do Sebrae), estimulando surgimento de empresas sólidas, geração de empregos (que criam salários e benefícios sociais) etc. Mas isso não interessa ao PT, pois seria um tiro no pé: perderia os votos dos cidadãos em estado de miséria, quando a miséria acabar!    

18/06/2012

Criado pelo governo federal no primeiro ano da administração de Lula, em 2003, o Bolsa Família é um programa assistencialista. Não promove condições básicas para implementação de uma fonte perene de renda. É um elo político-social, não uma via de promoção socioeconômica. Em 2010, amealhou dos cofres públicos R$ 13,7 bilhões. No seguinte, figurou no Orçamento Geral da União com R$ 14,4 bilhões, mas, por decreto, assinado em palanque, no interior da Bahia, a presidente Dilma elevou a rubrica em mais R$ 2,1 bilhões, esticando a conta até os R$ 16,5 bilhões (reajuste de 45%). Os assistidos foram 12,8 milhões de famílias em 2010, e 12,9 milhões em 2011. Para 2012, com 13,3 milhões de famílias, o Ministério do Desenvolvimento Social (antigo Combate à Fome), quer gastar R$ 19,6 bilhões - reajuste de 40% no triênio; os valores mensais pagos variam de R$ 32 a R$ 242 (média de R$ 115).

Ocorre que, mesmo com contas bilionárias (superiores a orçamentos de alguns ministérios importantes com o da Ciência, Tecnologia e da Inovação), o Bolsa Família fracassou como poção milagrosa do "fome zero". Tanto, que será instituída amanhã uma bonificação: o "Brasil sem Miséria". A presidente Dilma disse ao país que, com esse sobrecusto, vai tirar, até 2014 (ano de eleições presidenciais), 2 milhões de famílias (de 4 milhões) da linha da extrema miséria. Será mais um cartão, carregado mensalmente com R$ 70. O batalhão em "condições de miséria" seria de 16 milhões (IBGE). Com o novo bônus, o teto do Bolsa Família, dependendo do número de filhos nas famílias, chegará nos R$ 306 por mês. Até as eleições de 2014, "Brasil sem Miséria" carregará R$ 10 bilhões (cálculos atuais).

Acontece que a manutenção do "Bolsa Família" surfa na contramão do cometa das mudanças globais que favoreceram um crescimento expressivo da economia do país desde 2003: O Produto Interno Bruto (PIB) saltou de R$ 1,514 trilhão (US$ 493 bilhões históricos) para R$ 4,143 trilhões (US$ 2,367 trilhões). No período, o país saltou de 13ª para 7ª economia do mundo (Fundo Monetário Internacional, FMI). E, no governo passado, a mídia tentou atestar o fim dos famintos (miséria), pobreza, desemprego etc. Mas o inatacável status de funcionário público federal virtual dos assistidos (o Bolsa Família tem reajuste anual) atesta o contrário. Alguns devem estar beirando, se ainda não chegaram lá, o paraíso da classe econômica de consumidores C-2, a tal 'nova Classe C'.

O Bolsa Família substitui, em tese, a antiga máquina de votos da chamada 'indústria da fome' - programas que o governo federal tinha para o Polígono da Seca, a área de nove estados do Nordeste (e o Norte de Minas), geridos pela Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (Sudene). A bolsa, de diferente, cobre todo o país.

O up grade de Barbacena
Mas existem soluções descentralizadas e que podem custar bem menos e incluir, de forma perene, a massa atingida no sistema de geração de renda. Em Minas Gerais, a Prefeitura de Barbacena, região de Campos das Vertentes, dá exemplo ao agregar avanços ao programa "Economia Solidária", da Secretaria Nacional de Economia Solidária (Senaes - Ministério do Trabalho), criado também em 2003. O chamado 'Ovo de Colombo' da administração de Barbacena, em 2009, foi agregar suporte com a Divisão de Apoio à Agricultura Familiar e Economia Solidária de Barbacena. As ações, via Secretaria Municipal de Agricultura, envolvem mulheres produtoras rurais e urbanas em projetos de possibilidades de "melhor perspectiva de vida": cursos para conhecimentos de práticas em secagem de alimentos, de padaria, de gestão em economia solidária, de fabricação de biscoitos caseiros; de artesanato e corte/costura etc.

Trabalham
Em Barbacena, conforme publicação no "Diário Oficial", mais de 600 mulheres da agricultora e da zona urbana foram beneficiadas. "O melhor resultado é que muitas dessas pessoas conseguiram se inserir no mercado de trabalho", registra.

Suporte
O sucesso dos cursos da Divisão de Apoio de Barbacena está nas parcerias com alguns órgãos como o Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia (Ifete) e o Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais-BH (Cefet).

Mercados
Os produtos de padaria como biscoitos, produzidos dentro das ações da Prefeitura de Barbacena, chegaram a mercados fora da área geoeconômica do município, como Betim (distante 208 km), cuja administração "se dispõe" a firmar uma compra de 58 mil kg (58 toneladas). Essa encomenda é estimada pela coordenadora do Economia Solidária de Barbacena, Conceição Maria Tutuca de Souza Costa, em R$ 400 mil.

Case nacional
O case Economia Solidária de Barbacena expandiu fronteiras: participou da Feira do Mercosul, em Santa Maria (RS), Feira Estadual de Economia Solidária (em Belo Horizonte, por três vezes), Feira da Economia Solidária de Lavras, Tiradentes e São João del Rei; Conferência Nacional da Economia Solidária (com representação local), Simpósio Internacional e AgriMinas - Feira de Agricultura Familiar de Minas Gerais.

Dividendos

A Prefeitura de Barbacena conseguiu, a partir do Economia Solidária, abrir o leque dessas ações, mas sem onerar os cofres como faz o governo federal. Foi criada a Associação das Mulheres Trabalhadoras Rurais e Urbanas de Barbacena e a Associação dos Trabalhadores Rurais da Graminha, Moraes e Região. Cabe à associação a disseminação de noções de associativismo, cooperativismo, questões ambientais e a economia solidária na geração de emprego e renda. Via associação, foi realizada a Feira Regional de Economia Solidária em Barbacena, com a participação de 38 municípios. Para este ano, a feira terá três dias de duração, na semana de aniversário de Barbacena, em agosto.

Com Pronaf

Juntamente com o Programa Agricultura Familiar, também do governo federal, a Divisão de Apoio de Barbacena chega a 600 produtores rurais da região, via doações para 57 entidades. A prefeitura calcula uma distribuição semanal de 40 toneladas de hortifrutigranjeiros. A prefeitura também assegura a compra de 30%, conforme manda a lei, junto a esses produtores para a merenda escolar, além de criar canais para chegar a alimentação a alunos de escolas públicas de Ubá, Juiz de Fora e Belo Horizonte.
 


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

Consumo de carne e o efeito estufa

22/11/2012
No dia 15, foi noticiado pela “California Farmer”, dos Estados Unidos, o novo relatório do Programa de Meio Ambiente da ONU que relaciona a produção de carne animal ao aumento das emissões de gases do efeito estufa (GEE). Pode ter participação de até 25%. Elaborado para o Ambiente Global UNEP Serviço de Alerta, o documento alerta para o enorme crescimento futuro dessa atividade, pois o consumo de carne no planeta, conforme a Organização para Agricultura e Alimentação (FAO), crescerá de 278 milhões de toneladas, em 2009, para 460 milhões de toneladas, em 2050. Mais 65%, em quatro décadas.

Nem tanto o CO2
Os pesquisadores constataram que o dióxido de carbono (CO2) responde por “pequena” parte nas emissões dos GEF na agricultura animal, cabendo maior fatia ao metano (CH4) e ao óxido nitroso (N2O).

Vale S/A
A mineradora vai enxugar pessoal, no Brasil, e continuará saindo de atividades aqui e no exterior. A mineradora inclui nisso ativos de níquel no Canadá, onde, em 31 de março, estava sujeita a “revisão do imposto de renda” por até sete anos. A despeito disso, a multinacional brasileira tinha, na época, linhas favoráveis de crédito de US$ 1 bilhão com a agência Export Development Canada (EDC) para investimentos. Restavam outras fontes como “créditos rotativos” de US$ 4,1 bilhões disponíveis para a Vale S/A, Vale Canada Ltd. e Vale International.

BASF
O negócio da compra da norte-americana Becker Underwood, de Ames (Iowa, EUA), pelo Grupo BASF (via divisão de Proteção de Cultivos da BASF), que rola desde fins de setembro, ainda tem pedras pelo caminho. O negócio foi anunciado em US$ 1,02 bilhão (€ 785 milhões). A Becker opera 10 unidades de processo no mundo com tecnologias para biológicos de tratamento de sementes, cores de tratamento de sementes, nutrição animal etc. A empresa previa faturar US $ 240 milhões (€ 185 milhões) em 2012 – ano fiscal encerrado em 30 de setembro.

Aço
Nesta quinta-feira (22), no hotel Mercure de Belo Horizonte, Instituto de Metais não Ferrosos (ICZ) promove workshop para os “benefícios” da aplicação de aço galvanizado nas obras de infraestrutura. O ICZ calcula que, até 2017, a produção de aço galvanizado crescerá numa média anual de 10%.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

O desafio em áreas rurais degradadas


21/11/2012
O país está com 19 milhões de hectares de terras de pastagens degradadas. E sobre isso o diretor presidente da John Deere Brasil, Paulo Herrmann, comentou, durante o Seminário de Planejamento Estratégico 2013, mês passado, em São Paulo, que significa “boas oportunidades para o aumento do mercado de máquinas e implementos agrícolas”, mas com a necessidade de “concentrar esforços no desenvolvimento de novos tipos de equipamentos”.

Produtores pobres
O seminário criou discussões sobre o sistema conhecido por integração Lavoura, Pecuária e Floresta (iLPF). Para essa e a questão dos novos equipamentos agrícolas, o executivo da Deere salientou que o país terá que “desenvolver plantadeiras capazes de plantar ao mesmo tempo milho e braquiária”. O representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Eliseu Alves, complementou que outro desafio na cadeia do agronegócio será “fazer a tecnologia chegar aos 3,9 milhões de produtores pobres”.

Contêineres
Dentro da Transpo Quip – Latin America 2012, organizada pela Log – Brasil Logística S/A, de hoje até sexta-feira, em São Paulo, será realizado o 1º Fórum de Contêineres com discussões voltadas à segurança, produtividade e redução de custos na movimentação de cargas conteinerizadas. Mas o que mais preocupa o setor, no momento, é a enorme ociosidade desses compartimentos, pelo efeito da crise na economia mundial.

No mundo
Em fins de janeiro, quando a crise na Europa era bem menos aguda, havia enorme excesso de oferta sobre a demanda por contêineres. A agência Portal Naval chegou a estimar que, nos primeiros dias do ano, eram 246 navios ancorados em portos de todos os continentes, ou 595 mil TEUs (TEU é a medida de um contêiner de 20 pés). Aquele volume era próximo a 4% da frota mundial. Em agosto, estaria próximo a 10%.

Portocel
Localizado em Barra do Riacho (ES), o porto Portocel, pertencente à Fibria (Votorantim - 51%) e à Cenibra (49%), terá capacidade de manejo de cargas mais que duplicada, de 6 milhões t/ano para 14 milhões t/ano, ao custo de R$ 480 milhões – não incluídos juros do capital. O terminal é o maior do país especializado no embarque de celulose. Por lá passam 70% da celulose brasileira exportada.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Economia em 2013 vista pela Abrasca

20/11/2012
As 194 companhias filiadas à Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca) serão ouvidas pela entidade em pesquisa para identificar tendências macroeconômicas para 2013. Esse universo de empresas representa 85% do valor total de mercado das empresas listadas na BM&FBovespa.

Valor
Em 2011, o valor de mercado das empresas listadas na Bovespa apresentou uma retração de 10,5% na comparação com 2010. O balanço de operações da Bolsa apontou que as 373 companhias abertas com ações do capital social negociadas somavam R$ 2,29 trilhões, contra R$ 2,56 trilhões das 381 listadas em 2010. Em outubro, conforme o balanço de operação da Bolsa, o valor de mercado das 365 empresas com ações negociadas era de R$ 2,36 trilhões. Em setembro, a cotação das 367 companhias foi de R$ 2,41 trilhões.

Inflação e juros
A Abrasca quer saber as expectativas do desempenho do setor de atuação da companhia; da dívida pública líquida do país; projeção do Ibovespa (mais importante índice da Bovespa); saldo comercial do Brasil; Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), o da inflação do governo, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE); taxa de juros; câmbio; crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) no ano e no 1° semestre de 2013.

Fechando o ano
Os resultados da pesquisa serão divulgados pela Abrasca na primeira semana de dezembro. Será o primeiro termômetro fora das projeções governamentais para a economia de 2013. E mais: que interpretará o sistema nervoso das companhias com ações em Bolsa e como se comportarão os investidores no próximo ano. É bom lembrar que o próximo exercício fiscal será de pouca intervenção do governo, pois não comporta calendário eleitoral.

Sustentabilidade
No dia 30, a BM&FBovespa apresentará o novo levantamento das companhias listadas que aderiram ao programa de reportar voluntariamente aos stakeholders (público de relacionamento) as informações diretamente relacionadas às questões de sustentabilidade.

Na Rio+20
Na Rio + 20 UN Conference on Sustainable Development (Conferência da ONU sobre Desenvolvimento Sustentável), em junho, no Rio, o primeiro levantamento revelou que 45,31% das 448 empresas listadas (inclui as que ainda não negociam as ações no pregão) publicavam informações relacionadas às dimensões social, ambiental e de governança corporativa.
 

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

Um gigante dos tratores a caminho

18/11/2012
A empresa global LS Tractor, uma controlada do Grupo LS Mtron (surgido da LG), da Coreia do Sul, e que fatura US$ 30 bilhões anuais, instalará uma fábrica de tratores em Garuva, próximo a Joinville (SC). O conglomerado é 13º na economia sul-coreana e a LS Tractor o maior fabricante de tratores - capacidade anual para 50 mil unidades, com potencias de 20 a 110 cavalos. O seu presidente global, Kwang Won Lee, assegura ser a única marca no mundo, na faixa, a instalar mesma a tecnologia de grandes tratores.

US$ 30 milhões
O executivo sul-coreano, via assessoria no país, prevê que o cronograma de operação da unidade de Garuva será cumprido em 2013. O Grupo LS informou ao governo brasileiro que investirá US$ 30 milhões. Vai entregar no mercado máquinas com potência entre de 25 CV a 100 CV, faixa que responde por 70% das vendas anuais no Brasil.

5 mil/ano
A marca sul-coreana chega com o propósito de assumir fatia de assumir das outras grandes instaladas no país. “Conforme diz (Kwang Won Lee), os planos da LS Tractor são de fabricar 5 mil tratores anuais e se posicionar entre os cinco maiores fabricantes deste segmento, no Brasil”.

Tamanho
De janeiro a outubro, conforme o boletim “Carta da Anfavea”, foram vendidos no país 47.344 tratores de rodas (1.642 importados) e 922 de esteira (152 importados). A variação sobre os resultados em igual período de 2011 foi, respectivamente, de mais 2,9% e 2,7%.
 
Região Sul, São Paulo e Minas

Mesmo com o início de produção da unidade brasileira prevista para meados de 2013, a LS Tractor pretende comercializar unidades importadas no primeiro semestre. Seria parte da estratégia para colocar a marca no segmento. A sul-coreana pretende ser um dos cinco maiores fabricantes do país e elegeu os estados do Sul, São Paulo e Minas Gerais como mercados iniciais de peso.

Comitiva
Amanhã (19), a LS Tractor levará ao seu país uma comitiva de jornalistas da área de economia de cinco veículos (Hoje em Dia, A Granja, Globo Rural, Zero Hora e Canal Rural).

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 17 de novembro de 2012

Olho em Furnas

17/11/2012
Os Ministérios Públicos Federal (MPF) e Estadual (MPE) podem entrar em dupla em cação contra condomínios na orla do Lago de Furnas, formado pela represa que abastece a UHE Furnas, no Sul de Minas. Até a Marinha pode ser convocada. “(As) Irregularidades dariam um book (livro)”, comentou à coluna um procurador com conhecimento da simultaneidade que poderá aparecer na ação das autoridades. Este tinha em mãos o prospecto de lançamento de um “condomínio resort”, ilustrando a peça publicitária imagens de calçadão (com desenho quase lembrando o de Copacabana, no Rio) em frente a uma marina (atracadouro para barcos), e “mais de 2km de praias!”.

No rastro do ‘mensalão’
Depois do processo e julgamento do ‘mensalão’ envolvendo a cúpula que levou o Partido dos Trabalhadores (PT) ao poder, em 2003, é possível que ações do Ministério Público para multar, corrigir e coibir irregularidades na orla do Lago de Furnas, um bem público, saiam do papel e virem realidade.

Passaporte
Quem procurar pelo posto de serviço público Uai, na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte, para renovar ou retirar o primeiro passaporte, está sendo enganado pelos serviços de fotografia feita “na hora”. As pessoas são levadas para “estúdios” improvisados - compartimentos minúsculos, improvisados - e pagam R$ 12 por três fotos tamanho 5 x 7. O tamanho é indicado nas instruções do site do Departamento da Polícia Federal. Só que a PF (pelo no posto do bairro Anchieta é assim) a foto não serve. A própria Polícia faz no ato.

Governança cooperativa
O ramo de Agro da Organização de Cooperativas Brasileiras (OCB) vai criar um programa para implantação de reestruturação de governança do sistema OCB.

Gasolina
Em Santa Catarina, a polícia apreendeu várias garrafas PET cheias de gasolina em poder de bandidos. Serviriam de coquetel molotov. Em muitas esquinas de Belo Horizonte, se vê, de dia e de noite, crianças, adolescentes e adultos com as mesmas garrafas, para queimar panos em ‘exibições’ circenses.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sexta-feira, 16 de novembro de 2012

Recuperação de crédito

16/11/2012
O expert em recuperação de crédito empresarial Roberto Grejo Jr. e diretor da diretor ABE – Assessoria Brasileira de Empresas, de São Paulo, estima que o aquecimento sazonal do varejo, com o pagamento do 13º salário aos aposentados e pensionistas e a temporada do Natal, cria um ambiente de euforia e ação defensiva simultâneos no comércio. Com isso, o segmento de recuperação de crédito corporativo, historicamente, ganha uma turbinada 10% nos negócios. Isso decorre, mais diretamente da reação de distribuidores varejistas, empenhados precisam saldar suas dívidas junto às indústrias e, na extremidade, com refazer estoques dos lojistas.

Fisco
A parte desafiadora para as áreas de contabilidade das empresas começará em 1º de janeiro, com a entrada em vigor a EFD Social, para emissão da Folha de Pagamento e outros procedimentos, como parte das normas do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), da Receita Federal. Com esse passo, a Receita avança no raio-x da movimentação financeira das empresas. Na ponta, claro, o resultado final aparecerá num substancial aumento da arrecadação, pelo menos, é o espera o Ministério da Fazenda.

Vazio
Em matéria de fiscalização do contribuinte – pessoas e empresas – na iniciativa privada, a Receita dá um show. Poderia, também, brilhar em cima dos gastos públicos, emprestando sua expertise na fiscalização da destinação e pagamentos de projetos e obras públicas. Incluir nesse cadastro as organização não governamentais, as ONGs.

Itaú e a Copa
Em pouco mais de uma semana, mais de 101 mil pessoas se cadastraram para concorrer aos 2 mil ingressos da FIFA Confederations Cup 2013 (Copa das Confederações FIFA 2013), em junho, que o Itaú sorteará via promoção “Você Mais Digital”. Além disso, 101 dos inscritos ganharam camisas de treino da Seleção Brasileira como prêmios instantâneos, no ato do cadastro. Os torcedores de Minas figuram em terceiro lugar nesse grupo, com 10% dos vencedores instantâneos. São Paulo e Rio de Janeiro ocupam o primeiro e o segundo lugar, com 50% e 15% respectivamente. A promoção vai até o final de fevereiro.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Anticorrupção

15/11/2012
Alvo de críticas constantes, a Câmara Municipal de Vereadores de Belo Horizonte se move pouco para implantar transparência. Até o Executivo municipal resolveu reagir: terá uma secretaria anticorrupção. Pois bem, não é de hoje que perduram na Câmara situações como a exibida neste espaço em agosto de 2010. Naquela época, sob a tutela do Plenário existiam: uma Diretoria Geral, Auditoria e Procuradoria. A Diretoria Geral comandava a Superintendência de Comunicação Institucional (esta chefiava a Coordenadoria de Planejamento e Informação), a Escola Legislativa, Diretoria de Recursos Humanos, Diretoria de Administração e Finanças e Diretoria do Legislativo. Abaixo das diretorias estavam 14 Divisões (Apoio à Comunicação Institucional, de Pessoal, Assistência, Saúde e Segurança no Trabalho, Desenvolvimento Psicofuncional, Administração, Finanças, Informática, Segurança, Atendimento ao Cidadão, Acompanhamento do Processo Legislativo, Assessoramento ao Plenário e às Comissões, Consultoria Legislativa e Correspondência e Redação das Atas). Mas não convence como medida prática uma simples subdivisão daquele conjunto em várias partes por outras áreas. “Isso é o que vai pegar (será levantado)”, comentou para a coluna um técnico que se envolverá diretamente com a iniciativa da Prefeitura. Ele opina que a Câmara não resistirá tanto tempo a um enxugamento da sua máquina.

Bem sentados
Em 2010, que foi o exercício fiscal do day after ao ano-ressaca (2009) da crise mundial com origem na quebra das administradoras do subprime (hipotecas imobiliárias de alto risco) nos Estados Unidos, a produção brasileira de móveis estofados atingiu 45 milhões de peças. Salto de 10,4% em relação a 2009. As compras dos consumidores brasileiros, de acordo com o Instituto de Estudos e Marketing Industrial (Iemi), de São Paulo (SP), somaram US$ 2,8 bilhões, sendo 1,4% com importados. As projeções do instituto eram de crescimentos moderados na produção em 2011 e 2012, pouco acima de 2%.

Nas empresas
De 2007 para cá, o negócio com o mobiliário corporativo (móveis para empresas) registrou crescimento de 71%, de acordo com dados coletados pelo Iemi. Em 2010, a produção para esse segmento foi de 58 milhões de peças (+14,2% sobre 2009) e vendas internas de US$ 4,8 bilhões.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Energia fora

14/11/2012
Pelo menos, desde maio último, se fala com veemência pelos cantos do país que o desperdício nacional com energia elétrica equivaleria à construção de uma nova UHE Belo Monte. Traduzindo em cifras, seriam R$ 16 bilhões. Isso foi apresentado no Brazilian Energy Forum III (III Fórum Brasileiro de Energia), em junho, em Foz do Iguaçu (PR), onde está localizada a maior hidrelétrica do país, a UHE Itaipu Binacional. Ganha um pirulito quem acertar que nenhuma empresa de geração, transmissão e distribuição do país assumiu perdas estupendas. Com a palavra as grandes do setor: Eletrobras, Cemig e Cesp. Por sinal, todas estatais (empresas públicas).

PDV

O Grupo Eletrobras (Furnas, Chesf e Eletronorte) pretende ajustar, até meados de 2013, a adesão de 4 mil funcionários ao programa de demissão voluntária (PDV). O plano tinha, em setembro, quase 1.800 inscritos de Furnas, além de 1.300 de terceirizados na mesma empresa. A Eletrobras justificou a medida como uma das ações para reduzir custos e se ajustar a essa nova realidade da imposição das tarifas mais baixas a partir de 2013. A holding estatal estimou perdas de até R$ 9 bilhões em receitas das três controladas.
Fiorucci

A marca Fiorucci, com 45 no mercado dos cosméticos, investirá R$ 1,5 milhão para os lançamentos, de final de ano, de kits com hidratantes, sabonetes e fragrâncias masculinas e femininas. A Fiorucci Parfums, dona da marca, cresceu 20% no faturamento do trimestre anterior sobre o mesmo período de 2011, com R$ 15 milhões, e projeta um recorde em vendas neste ano.

FDC

Em release, a assessoria da Fundação Dom Cabral (FDC) informa que figura em 1º no ranking das 24 melhores escolas de educação executiva da América Latina. O certame é feito a partir de estudo da “América Economia Brasil”, da Spring Editora. A fundação, com sede em Nova Lima (MG, tem grade com 344 programas de aperfeiçoamento focados em negócios.

P&B na Bahia

Empresa P&B Holding, criada pela Comtac, que atua na fabricação de acessórios tecnológicos no polo de Santa Rita do Sapucaí (MG), investiu R$ 5 milhões em uma fábrica em Ilhéus (BA), que foi inaugurada com a fantasia Comtac Bahia. A unidade produzirá fontes de alimentação destinadas aos fabricantes de computadores, celulares e terminais de transferência de fundos, entre outros equipamentos.



Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Custos da logística

13/11/2012
No final de outubro, foi conhecida uma pesquisa da Fundação Dom Cabral (FDC) dando conta que os serviços de logística no Brasil “comprometem” 13% do faturamento bruto de 126 grandes empresas pesquisadas e responsáveis por uma fatia de 20% do Produto Interno Bruto (PIB). A revelação, propositadamente, veio após o anúncio do PAC da Logística (ou Programa de Investimentos em Logística – PIL), pelo governo, de R$ 133 bilhões. As ferrovias ficaram com R$ 91 bilhões, mas com programas a perder de vista, pois alguns são para até 25 anos. Para as rodovias a previsão é de R$ 42 bilhões.

Afeta a balança
De meados de agosto para cá, a papelada pouco andou dentro da Empresa de Planejamento e Logística (EPL), estatal federal que vai gerenciar o pacote. Enquanto isso, o velho conhecido “custo Brasil” vai de vento em poupa. Pelo mesmo estudo da FDC, a logística precária leva 12% de todo o PIB nacional (agricultura, indústria e serviços), bem acima da situação nos Estados Unidos: 8%. A diferença de performance entre dos dois países dá um resultado negativo anual ao Brasil equivalente a US$ 83,2 bilhões, que prejudicam a balança comercial do país.

Na mesa
Quarta-feira, no Transamérica, em São Paulo, se sentarão à mesma mesa, em painel do seminário Transporte e Logística: modelos e oportunidades de inovação colaborativa, representantes de empresas concessionárias de rodovias e ferrovias e empresas afins (CCR/Autoban, Ecovias, ALL Logística, Scania, Volvo, Consat, Semcon, LSP). Em outro painel, estará o mundo acadêmico, incluindo a FDC e empresas gerenciadoras de transporte urbano (USP-SP, USP-SC, FDC, SPTrans, CET). Será o primeiro embate após o lançamento do PIL.

Microcity
Líder no país de Outsourcing para Redes de Internet (LAN) e Desktops, a Microcity nomeou Gisele Saldanha como gerente Comercial para o mercado de Minas Gerais. A executiva entrou para a Microcity em fevereiro de 2011 como gerente de Contas, passou a gerente Comercial da unidade de Seminovos (cargo que permanece exercendo simultaneamente ao de gerente de Vendas para Minas Gerais). Gisele Saldanha é formada em Engenharia Elétrica pelo Instituto Nacional de Telecomunicações (Inatel).


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Mudanças no Sebrae

11/11/2012
Desde 1º de janeiro de 2003, na posse do ex-presidente Lula, o Partido dos Trabalhadores (PT) sonha com mudanças radicais na estrutura operativa e composição do Conselho Deliberativo Nacional. Por tabela, as mudanças afetariam o sistema nos estados e Distrito Federal.

Entrou no Sesi

A primeira grande intervenção do PT no chamado ‘Sistema S’ foi no Sesi Nacional, quando impôs à Confederação Nacional da Indústria (CNI) o presidente do Conselho Nacional do Sesi, Jair Meneguelli. Este foi fundador e presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT – principal braço sindicalista e operacional da militância do PT) e deputado federal (PT-SP).

Formação

A composição dentro do Conselho é a seguinte: Associação Brasileira dos Sebrae Estaduais (Abase), Associação Brasileira das Instituições Financeiras de Desenvolvimento (ABDE), Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei), Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos de Tecnologias Avançadas (Anprotec), Banco do Brasil (BB), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Confederação das Associações Comerciais e Empresariais do Brasil (CACB), Caixa Econômica Federal (CEF), Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) e Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

Sobrando (!)

As correntes ‘reformistas’ da cozinha do Planalto avaliam que tem banco demais (BB, CEF e BNDES), comércio (CNC e CACB) e P&D (Abde, Anpei e Anprotec).

P&D

Repasse de R$ 3 bilhões. Essa é a grana extra que a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), a principal agente federal repassadora de subsídios à pesquisa e inovação tecnológica do país, receberá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A operação, autorizada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), foi revelada semana passada pelo presidente da Finep, Glauco Arbix, quando participou do “Seminário Inovação e Desenvolvimento Econômico, em São Paulo. A agência repassará a verba via bancos regionais de fomento.

Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sábado, 10 de novembro de 2012

BB avança nas cooperativas

10/11/2012
De olho em um mercado formado por 6.652 cooperativas filiadas ao Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), com 9 milhões de associados, 300 mil empregos diretos e vendas anuais de US$ 6 bilhões, o Banco do Brasil (BB) criou a Gerência de Negócios com Cooperativas (Genec). As cooperativas filiadas à OCB estão assim distribuídas por áreas econômicas: 1.548 agropecuárias, 1.064 de crédito, 1.024 de trabalho, 1.015 de transporte, 852 de saúde, 302 de habitação, 235 de produção, 242 de habitação, 302 de educação, 141 de infraestrutura, 123 de consumo, 63 de mineração, 31 de turismo e lazer e 12 especiais (OCB/2010)

Balanços
Os bancos cooperativos, confederações de crédito e centrais de cooperativas de crédito deverão apresentar, a partir de junho de 2013, ao órgão regulador, o Banco Central (BC), o balancete combinado das operações de cada sistema organizado. Essa normatização figura na Resolução 4.151/12 do Conselho Monetário Nacional (CMN) e determina a remessa global, dando tratamento igualitário ao de outras instituições financeiras. A resolução atende ao pleito das cooperativas de crédito, de acordo com o gerente do Ramo Crédito da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Sílvio Giusti.

BRF
A próxima terça-feira (13), será o Day BRF Foods (Dia da BRF Foods), na BM&FBovespa. A partir das 8h30, a empresa começa reunião com analistas da Apimec Nacional, cujo término será com o tradicional toque da campainha e abertura simbólica do pregão, às 10 horas. Surgida da fusão dos ativos da Perdigão e Sadia, em 2009, a BRF figura entre os maiores players globais no segmento de alimentos.

Cobra Tecnologia
Empresa estatal de soluções em tecnologia da informação (TI) controlada pelo Banco do Brasil, a Cobra Tecnologia abriu concurso público para 11 vagas com a contratação imediata de 4.796 para o “cadastro de reserva”. Salários vão de R$ 1.235,95 a R$ 3.213,46 mensais.


 

Leite
Da 1st National Conference of Milk (1ª Conferência Nacional do Leite), esta semana, em Brasília, de representantes da cadeia produtiva, foi extraído um relatório com 100 propostas para o governo. A conferência reuniu ao redor de 150 pessoas. O documento será distribuído por todo o setor neste mês.


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Lembranças sombrias para pacotes do EUA

9/11/2012

Faltam 53 dias, porque o 1º de janeiro será feriado, para os Estados Unidos inciarem uma mexida na espinha da combalida estrutura das relações financeiras e econômicas globais. É que, se o recém-reeleito presidente Barak Obama conseguir sustentar os rumos de sua administração dentro do Congresso, a Casa Branca dará início à política de cortes orçamentários espetaculares.
Serão na ordem de US$ 600 bilhões. Até agora permenece o anunciado, de cortes mesclados a aumentos nos impostos. Nos cortes, Obama atacaria 50% do déficit orçamentário, de US$ 1,1 trilhão – ligeiramente abaixo de 8% do PIB.
Ocorre que os cidadãos e empresas norte-americanos ainda têm em mente o desastre que foi uma cartada, dessa monta, tentada pela Casa Branca, não há muito tempo. Foi ainda no Governo George W. Bush. No final de setembro de 2008, Bush tentou estancar a sangria que a crise do subprime (quebra das administradoras de hipotecas imobiliárias de alto risco) causava na economia (e também quebrava bancos tradicionais de investimentos) com um pacote de US$ 700 bilhões. No domingo, 28, Governo e Congresso fecharam o acordo, uma tentativa de salvar bancos e financeiras. No domingo, a Câmara de Deputados derrubaria, via maioria dos votos dos republicanos, adversários dos democratas (partido de Obama).

Champagne na caixa 
Não deu outra. A segunda-feira, 30, foi um dia para o mercado financeiro também não esquecer. O índice Dow Jones, princial da Bolsa de Nova York, caiu 6,98%, e o Nasdaq (das companhias eletrônicas), 9,14%, puxando em dupla todas as bolsas do mundo. Apuração final: investidores na Bolsa de Nova York amargaram US$ 1,2 trilhão em prejuízo. Sobrou até um circuit breaker para BM&Bovespa – paralisação automática dos negócios toda vez que o índice cai acima de 10% (foi a 10,16%). O pregão bnrasiliro fechou o dia em -9,36%, com perdas de R$ 151,3 bilhões.
Se o cenário mudar, até o 31 de dezembro, como ocorreu em setembro de 2008, muito champagne, do reveillon, não será estourado na Casa Branca e em outros rincões financeiros do planeta .


 

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Aeroportos

08/11/2012
A Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, em inglês International Air Transport Association) tem sido consultada pela Federação Internacional de Futebol (Fifa) sobre as condições de “segurança” dos aeroportos do Brasil. O Ministério da Defesa entrou (ainda tímido) no circuito e pediu ao Comando da Força Aérea Brasileira (FAB) que apresente respostas. Uma das principais ressalvas da Iata é para os trancos e barrancos nos contratos do PAC-2 relacionados às melhorias das pistas, comunicação de tráfego aéreo e espaços nos pátios para aeronaves. As partes envolvidas, no Executivo, não abrem espaços para o “caso Iata”, que existe pelos aeroportos do planeta desde 1945.

Kinross
A multinacional Kinross Gold Corporation, do Canadá, uma das líderes na produção de ouro no país e com capital em poder de investidores do Canadá, marcou um ponto de ouro fora de suas galerias. A Escola Coraci Meireles de Oliveira, de Paracatu (MG), que recebe apoio da Kinross, ficou acima da média nacional na medição do Índice de Educação Básica (Ideb), em Português e Matemática.

Notas
Via o Programa Integrar com a Secretaria Municipal de Educação, a Kinross criou para a Escola Coraci Meirelles condições para ter oficinas para os professores, estímulos às ações escolares, campanhas de sensibilização das famílias, incentivo à participação dos alunos na Prova Brasil e apoio técnico por meio de bolsistas do curso de Pedagogia. No Ideb obteve, pelo 5º ano, nota 5,8, primeira colocação entre todas as escolas do Noroeste de Minas Gerais. A média nacional na avaliação não passou de 5,3, informou a assessoria da multinacional.

Cobra Tecnologia
Empresa estatal de soluções em tecnologia da informação (TI) controlada pelo Banco do Brasil, a Cobra Tecnologia abriu concurso público para 11 vagas com a contratação imediata e 4.796 para o “cadastro de reserva”. Os salários iniciais vão de R$ 1.235,95 a R$ 3.213,46 mensais.

Bioenergia
Será encerrada hoje, em Araçatuba (SP), a 5ª edição do Congresso Nacional da Bioenergia, realizado pela UDOP – União dos Produtores de Bioenergia, e STAB – Sociedade dos Técnicos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil.


Fonte: Nairo Alméri, coluna “Negócios S.A”, jornal Hoje em Dia, Belo Horizonte